Ora então, o que se passa aqui?
- mariafedaita
- 27 de jun. de 2018
- 3 min de leitura

Há uns dias deixei por aqui a notícia de que viria aí um pequeno rebento a caminho, mas muito pouco explorei sobre o assunto... porque isto de gravidez tem muito assunto por onde se pegar, saiba-se.
A verdade é que tem sido uma experiência super diferente, uma novidade que nos torna únicas por termos a possibilidade de estar a gerar dentro de nós "alguém".
As semanas vão passando, sim porque agora habituamo-nos a falar a lenga lenga das semanas, e esta coisa do início da maternidade tem sido verdadeiramente melhor.
Engane-se quem acha que descobrir que vem aí um pequeno minion é uma maravilha de outro mundo. A notícia, que é recebido com alegria e entusiasmo, rapidamente se transforma em dias de enjoos logo logo pela manhã, vontade de não ver à frente sequer uma migalha ou de cheirar sequer o estrugido da vizinha .... Foram umas semanas iniciais ali para o complicado, em que não tinha sequer vontade ou força para mexer uma palha, com medo de agitar as águas.
A única coisa que ainda me mantinha mais ou menos ativa era as idas ao ginásio. Antes da gravidez andava empenhadíssima no ginásio, com treinos quase diários, aulas de alta intensidade ... portanto parar estava fora de questão. Claro está que abrandei para metade o ritmo. Esqueci os impactos, os saltos e aconselhei-me com a Joana - Personal Trainer com especialização em pré e pós parto. Criou-me um plano super personalizado e adaptado, mas a verdade é que continuei ativa e conforme os enjoos foram passando, senti-me mais capaz, com muita mais energia e portanto voltei a aulas mais cardiovasculares, mantive a musculação, mas sempre a um ritmo adaptado.
Chegado o segundo trimestre, cheia de energia, muito mais bem disposta (fora os picos hormonais que nos lixam o feitio de vez em quando), comecei a "achar mais piada" a esta novidade. Até porque começamos a ver o pequeno rebento a crescer gradualmente, o coraçãozinho a bater forte de cada vez que o ia ver. Contamos a família e amigos já ali aos três meses, depois daquele período meio atribulado que foi dificílimo de esconder.
Hoje corre tudo às mil maravilhas. Começamos a pensar em nomes, a barriga começa a crescer a pouco e pouco e vou-me encantando desalmadamente com o pequeno grande enxoval que se vai formando. Há coisas maravilhosas de perder a cabeça para bebé. Difícil é controlar o impulso de encher as gavetas com coisas fofas que só deus sabe.
Mas eis se não surge um problema tanto ou quanto desgastante - as calças deixaram de apertar. Eu que andava a tentar atrasar ao máximo o sacrifício de ver o botão a estrebuchar. Andava impecável, até ter que desapertar as calças em tudo que era canto, até que sucumbi ao meu orgulho e tirei uma manhã para ver e experimentar, imaginem só, calças de grávida.
Entrei na loja, a medo. Ainda andei ali a ver "roupa de gente normal" até atingir o cantinho do "pré - mamã".
- Precisa de ajuda? - disse uma funcionária.
- Não estou só a ver, obrigada.
- Já percebi que está grávida, vem ver roupinha nova?
Como assimmmmm percebeu que estava grávida???? É assim evidente? Oh nãoooo. Tive vontade de dizer "Não é para mim!", mas ok, teve de ser.
- Sim tem que ser. (fofa e fresca)
Lá meti para o braço uns pares de calças, depois de me passear aterrorizada pelos vestidos com lacinhos em cima da barriga, tshirts "It´s a girl" .... Não foi bonito de se ver nos provadores, confesso. Uma barriga que ainda não se acomoda naqueles elásticos de calças de grávida, mas que de facto fica muito mais confortável. Os modelos é que não eram nada de transcendente, mas teve que ser. Trouxe dois pares. Mas uma coisa é certa, pessoal da moda, pessoal lá do design de moda, estilistas, .... esmerem-se que isto não anda muito muito famoso nos campos da pré mamã, que parece um mix de antiguidade com aquelas saias disponíveis abaixo do joelho e as túnicas que já não lembra ao menino Jesus. Portanto, vou adoptando a estratégia de aumentar só o tamanho das coisas em lojas "normais".
Assim vai correndo a vida. Tirando estes mínimos contratempos, tem sido ótimo, confesso. É bom começar a sentir os mexericos na barriga, é bom ter de "tomar conta" do pequeno rebento, sentir os mimos, o amor que vai crescendo mesmo sem ainda sequer conhecer. É bom. É ótimo. E vale a pena todos os enjoos, a má disposição, o mau feitio, o sonoooooooo, muito sonooooo.
Vale a pena. E vai valer ainda mais, já tenho a certeza.
Komen