Noitadas de passagem de ano!
- mariafedaita
- 27 de dez de 2017
- 2 min de leitura

É a minha primeira passagem do ano fora do habitat natural. Já me safei de umas quantas.
Mas sou uma lamechas, capaz de sair de casa com a lagrimeta no canto do olho por não saltar da cadeira com o pé direito e gritar “Feliz 2018” à beira da família ou amigos!
Melhor pensar nas vantagens, claramente!
Melhor pensar que não vou ter remorsos depois de uma ceia a transbordar açúcar. Não que não a vá ter, que isto de contar as 12 badaladas no hospital também dá direito a comes e bebes (caso não se lembre de entrar pelo bloco um rapaz espatifado porque ia a conduzir bebado ou uma grávida a bafejar loucamente doida pra parir). Não vou ter remorsos no dia seguinte nem aquela barriga inchada como a vossa de quem enfardou novamente bolo rei e pão de ló. Não vou ter remorsos porque vou estar ressecada. Não pelas imensas taças de champanhe rosé que mamei, mas pela valente pedrada de sono, tal e qual uma noitada de adolescentes. Se bem que estaria hoje mais preparada para enfrentar as noitadas loucas na discoteca até altas horas, porque isto de fazer turnos à noite traz todo um arcabouço no que toca a ficar com a pestana alerta all night long!!
O melhor é que não vou ter que perder horas a pensar no que ia vestir para o reveillon... ou horassssss desesperantes no shoping junto dos que loucamente saltam para os casacos com fatoco da coleção de 2001 em saldos. Vou vestir o meu habitual pijama verdocas e, na melhor das hipóteses, podem contar com uma bandolete a dizer Happy New Year ou algo do género. Mas já arranjei as unhas para a passagem de ano, note-se! Mesmo que seja para receber o novo ano com a luva enfiada a picar as costinhas de uma grávida em desespero por receber o bebé do ano e aparecer na TVI.
Será mais uma noite de boa disposição, concerteza. Com momentos de desconsolo a partir das 4 da manhã. Porque até essa hora estiveram todas as grávidas a bailar as coreografias que aprenderam no zumba, como se o mundo fosse acabar. E depois aparecem em correria como o Natal na Primark, com colos do útero dilatados, contrações rítmicas e dolorosas: boa, está em trabalho de parto, querida! E será muito bem recebida.
Serão sempre. Por todos os profissionais que em dias úteis, feriados, natais, passagens de ano, ou seja o que for, estão disponíveis para ajudar, tratar e cuidar. Que deixam as suas próprias famílias para acolher outras, que trocam os doces da avó pelo obrigada. Que transformam a frustração muitas vezes inerente em dedicação, carinho e empenho.
O meu enorme orgulho em todos vós.
Bom Ano
E já agora,
Bom Reveillon!!!
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