Dia Mundial da Psoríase
- mariafedaita
- 29 de out. de 2018
- 3 min de leitura
No dia 29 de Outubro comemora-se o Dia Mundial da Psoríase.
A psoríase afeta cerca de 2% da população mundial e 250 mil portugueses. Ela envolve a pele na maioria dos casos, embora possa associar-se a outras doenças.
Nestas formas mais graves, a psoríase pode mesmo ter um impacto importante na qualidade de vida dos doentes e levando a extremos de exclusão social ou absentismo no trabalho.

Mas afinal, o que é a Psoríase?
A psoríase é uma doença inflamatória crónica da pele, que tem uma base genética e relacionada com o nosso sistema imunitário.
Cerca de 20-30% dos doentes têm formas moderadas e graves, que não são controláveis apenas com tratamento tópicos à base de cremes.
Que outras doenças se podem associar à psoríase?
Diversas doenças que fazem parte do síndrome metabólico, como a obesidade, hipertensão arterial, diabetes e dislipidemia (colesterol ou triglicerideos aumentados), apresentam uma forte associação com a psoríase.
Quando pode aparecer a psoríase?
A psoríase pode aparecer em qualquer idade, mas existem, fundamentalmente, dois picos: 20-30 anos e 50-60 anos.
Que tipos de psoríase existem?
Psoríase vulgar em placas: lesões circulares/ovais, bem definidas, cobertas por uma espécie de escamas esperas esbranquiçadas. Localizam-se mais nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo e região lombar.
Psoríase gutata: representa 2% dos casos. Aparece repentinamente, mais
frequentemente em crianças depois de uma infeção respiratória, como lesões pequenas e mais no tronco. Normalmente resolve espontaneamente.
Psoríase inversa: as lesões aparecem nas grandes pregas, debaixo do peito, entre os glúteos e axilas, sem descamação. É mais frequente nos doentes com HIV.
Psoríase eritrodérmica: quando envolve de forma generalizada mais de 90% de toda a pele. É uma forma grave que obriga a internamento pois associa-se a muitas infeções.
Psoríase pustulosa: caracteriza-se por lesões tipo pústula, amareladas com uma base avermelhada.
Psoríase ungueal: afeta mais as unhas das mãos, tipo
picotado, com alteração da forma e cor da unha, fragmentação ou aparecimento de lesões tipo placas rosadas ou descolorações amarelo-avemrmelhadas.
Psoríase artropática: afeta 30% dos doentes com psoríase e trata-se de uma inflamação das articulações, principalmente dos dedos das mãos (dedos em salsicha), tendões, ou até afetar vértebras da coluna.
Qual o tratamento?
O controlo do processo inflamatório e a deteção precoce são essenciais para garantir uma boa qualidade de vida, estado de saúde, controlar as comorbilidades e reduzir a extensão e gravidade das lesões.
Existem tratamentos tópicos à base de cremes e sistémicos clássicos - PUVA, terapia oral, retinoides, ciclosporina e metotrexato - mas podem induzir efeitos tóxicos em certos órgãos e uma percentagem de doentes é resistente ou intolerante.
Surgiram, mais tarde, os chamados agentes biológicos que atuam diretamente nos processos desta doença, que provaram ser eficazes no seu controlo.
A psoríase é contagiosa?
A psoríase não é contagiosa. É uma doença autoimune.

***
Como viver com psoríase?
Viver com psoríase exige um acompanhamento médico adequado e regular. Só assim é possível controlar a doença, permitindo uma boa qualidade de vida.
Manter uma alimentação saudável é essencial: pois há alimentos que pioram ou melhoram as lesões. A cafeína, o açúcar em excesso, álcool, algumas carnes vermelhas ou farinhas brancas agravam a inflamação.
Alimentos antiinflamatórios como os brócolos, ananás, espinafres ou batata doce devem fazer parte da dieta.
Manter um estilo de vida relaxado. Vários especialistas encontraram uma associação entre surtos da doença e picos de stress.
Apanhar, idealmente, 10 a 15 minutos diários de sol. A vitamina D ajuda a reduzir a inflamação, pelo que ajuda na diminuição e controlo das lesões.
Manter a pele hidratada é essencial! Não só através da ingestão adequada de água, mas também através da aplicação diária de cremes que contenham ingredientes naturais para evitar a irritação da pele.
Comments